quinta-feira, fevereiro 26, 2009

BragaJazz 2009
GIANLUIGI TROVESI SEXTET
7 Março, sábado, 22.00, SP
www.gianluigitrovesi.com
€ 40 € 10
M12
Gianluigi Trovesi realizou o mais difícil dos desafios, não somente para um jazzman, ou um músico, mas para todo o artista, ou seja, ser capaz de criar um mundo musical que fosse imediatamente reconhecível e completamente original ao mesmo tempo. Trovesi floresceu relativamente tarde como artista. Contudo, hoje, a sua voz está entre aquelas que criaram a noção de “um Jazz europeu” inspirado pela tradição americana, mas não uma imitação dela. Michel Portal, Misha Mengelberg, Evan Parker e John Surman são outros que ajudam a definir a sua escala. Nascido em 1944, numa família trabalhadora em Nembro, uma pequena vila dos Alpes, não longe de Bergamo, na Itália do norte, Trovesi desde muito cedo entrou em contacto com a música, nos espaços comuns de sua vizinhança: o chorus para cantar tradicional da montanha ou no coro da igreja, o trio guitarra-acordeão-clarinete que acompanhou danças, e mais tarde o registo raro da ópera e da música clássica nos primeiros tempos da rádio. A música era, assim, uma companhia diária na vida de Trovesi. Mais tarde, no Conservatório de Bergamo, tirou o diploma no clarinete, em 1966, também estudando a harmonia, contraponto e fuga com o maestro Vittorio Fellegara, uma personalidade relevante na história da música italiana. Nos anos 60, Trovesi escutou avidamente “a coisa nova” que vem dos EUA. Especialmente relevante era a possibilidade de escutar ao vivo o grupo de Mingus, com Eric Dolphy, no Festival de Milano em 1964. O frasear de Dolphy foi enraizado no bebop mas o seu ponto de chegada era completamente diferente, e a maneira como usou o clarinete baixo era um outro mundo se comparado ao que foi estudado no conservatório para a música clássica e contemporânea. Os anos 80 são para Trovesi tempo de projecção internacional através de inúmeros contactos com músicos de elevada craveira, gravações para a Enja e Soul Note, sempre com um enorme reconhecimento da crítica dos dois lados do Atlântico. Os anos 90 são o consulado ECM, com todo o prestígio que daí advém. O seu quinteto acumula prémios em cima de prémios, tornando Trovesi numa autêntica estrela cadente do Jazz europeu. Inspirado na tradição americana, Trovesi possui um léxico, uma expressividade própria e uma base cultural diversa do Jazz praticado do outro lado do Atântico. Com Trovesi, o Jazz europeu existe e tem vindo a ser tocado e professado por uma variedade de artistas que no espaço europeu vão fazendo o seu caminho. Cite-se alguns nomes da grande família: John Surman, Misha Mengelberg, Akosh S., Evan Parker, Michel Portal, Loius Sclavis, Paul Dunmall, Mike Westbrook, Sebi Tramontana, Mats Gustafsson, Kenny Wheeler (canadiano, mas britânico por opção), Carlo Actis Dato e a Instabile Orchestra, e tantos outros grandes músicos, incluindo Gianluigi Trovesi, o italiano cuja música, sendo Jazz, é totalmente italiana, europeia e mediterrânica. Trovesi, apesar de ter despontado tardiamente para a música possui um currículo impressionante, cheio de projectos, concertos e gravações. Um regresso (Trovesi esteve entre nós no ano 2000) que se aguarda com uma enorme ansiedade.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009



“Natação” obrigatória na doce e ácida voz de Frida Hyvönen, o segundo nome escolhido do MUSA – Ciclo no Feminino. Temas pop de clima sombrio ou de alegria infantil, assentes num piano seguro e de um bom gosto atroz. Absolutamente genial, belíssima em palco, nórdica universal, epítetos para um concerto a não perder!

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

“Un Respiro”
WIM MERTENS
4 Abril, sábado, 22.00, SP
www.wimmertens.be
€ 15
M6
2005, lançamento do álbum “Un Respiro”. Na aurora dos seus 25 anos de carreira (1980-2005), Wim Mertens convida-nos para uma “voyage” pela percepção orquestral. “Un Respiro”, o mais recente álbum a solo de Mertens, traz-nos 10 novas composições, muitas delas faixas rítmicas para dois pianos e duas vozes e todas elas tocadas pelo próprio compositor. Em “Un Respiro” ouvimos a paixão de Mertens pela voz, que apresenta não como um instrumento mas como guia para o piano, procurando sempre e apenas a expressão pura. “Un respiro” é o sexto álbum de estúdio como pianista/cantor a solo. Através deste seu novo trabalho, podemos sentir como, actualmente, o processo de composição pode estar fortemente associado à própria performance; tal como a performance e o acto de cantar/tocar são inseparáveis e acabam por criar um único evento.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

O palco é delas. As primeiras 2 damas do Musa:


MUSA – Ciclo no Feminino
THOSE DANCING DAYS (SWE)
18 Abril, sábado, 22.00, SP
www.myspace.com/thosedancingdays
€ 15
M12

MUSA – Ciclo no Feminino
FRIDA HYVÖNEN (SWE)
25 Abril, sábado, 22.00, SP
www.fridahyvonen.com
€ 15
M12

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Teatro Casa dos Afectos
FALAR VERDADE A MENTIR
9 Março, segunda, 11.00, 14.30 e 16.00, SP
www.casadosafectos.com
€ 3
M12
“Falar Verdade a Mentir” é o título duma peça escrita por Almeida Garrett em 1825. Foi publicada em 1830 juntamente com “Filipa Garrett” e “Tio Simplício”. A acção deste drama desenrola-se em Lisboa, no século XIX. Foi representada pela primeira vez em Lisboa, no Teatro Tália, pela sociedade particular do mesmo nome, em 1845. A peça contém apenas um acto (acto único) que é composto por dezassete cenas. A obra era uma crítica cómica à sociedade da altura, e ainda hoje conserva o seu humor efinado.
Adaptação, dramaturgia e encenação: João Nuno Esteves Concepção musical: José Manuel Almeida Produção, figurinos e adereços: Daniela Carmo Simões Actores: André Albuquerque, Catarina Gouveia, João Nuno Esteves, Liliana Costa, Nuno Fradique e Sérgio Narval Luz e som: José Manuel Almeida e Carlos Jorge Bernardes
(espectáculo para escolas)

terça-feira, fevereiro 10, 2009

BragaJazz 2009
DUAL IDENTITY
6 Março, sexta, 22.00, SP
www.myspace.com/stevelehman
€ 40 € 10
M12
O quinteto Dual Identity é dirigido por Rudresh Mahanthappa e Steve Lehman, ambos líderes dos seus próprios grupos, com enorme notabilidade internacional, e ambos votados como “Rising Stars of the Alto Saxophone” pelos críticos internacionais da revista Downbeat. Rudresh e Steve são reconhecidos como as mais importantes novas figuras do saxofone alto. Na verdade, os Dual Identity são um grupo de jovens estrelas do Jazz contemporâneo nova-iorquino que define muitos dos novos caminhos do Jazz numa inteligente ligação entre composição e improvisação. Estilisticamente pode-se dizer que beberam muito no M-Base de Greg Osby e Steve Coleman, juntando-lhe modernidade e um forte cunho pessoal. Steve Lehman é um saxofonista e compositor que trabalha na fronteira com a música contemporânea. É reconhecido como uma das vozes originais do novo Jazz. Foi estudante de Jackie McLean e Anthony Braxton, tocou e gravou nos Estados Unidos e na Europa com os seus próprios grupos mas também ao lado de músicos como Anthony Braxton, Dave Burrell, Mark Dresser, entre muitos outros. Steve viu composições suas para grande orquestra e grupos de câmara serem interpretadas pela Janacek Philharmonic, membros do International Contemporary Ensemble, Ensemble 21 e Ensemble Sospeso, e ainda pela pianista Marilyn Nonken. Rudresh Mahanthappa incorporou com muito talento elementos da sua ancestralidade indiana, fundindo-os com uma miríade de outras influências e criando uma visão musical única. É muito normal verem-se os seus discos nas listas dos melhores do ano, desde 2005, em revistas como Village Voice, Jazztimes, Downbeat, Jazz.pt, Jazzwise, Jazzman (onde alcançou o Choc de L’Année – disco do ano – em 2007 com o álbum “Codebook”). Apesar das suas gravações como líder e do seu trabalho ao lado de inúmeras figuras de proa do novo Jazz, o guitarrista Liberty Ellman afirmou-se como figura proeminente no seu instrumento como sideman de uma das mais ilustres e originais formações de Jazz dos últimos anos, o Henry Threadgill’s Zooid. Tocou e gravou desde 2001 ao lado de nomes como Greg Osby, Vijay Iyer e Josh Roseman, sendo “Ophiuchus Butterfly” (2006) o seu mais recente trabalho. Desde que chegou a Nova Iorque em 2001, Matt Brewer emergiu como um dos mais requisitados contrabaixistas da sua geração, atingindo grande notoriedade a partir do momento em que começou a fazer parte dos grupos de Greg Osby (trio e quarteto), com gravações para a Blue Note. Desde então tem tocado e gravado ao lado de Lee Konitz, Jeff ‘Tain’ Watts e Gonzalo Rubalcaba, entre outros. O baterista Damion Reid é também um dos nomes em ascensão da cena nova-iorquina, tendo tocado nos Estados Unidos, Europa e Japão nos grupos liderados por Ravi Coltrane, Terence Blanchard, Jacky Terrasson, Greg Osby, Reggie Workman, Jason Moran e ainda Robert Glasper, com quem gravou dois trabalhos para a Blue Note, “Canvas” (2005) e “In My Element” (2007).

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

A galinha da vizinha VII:

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

BragaJazz 2009
QUARTETO DE ANDRÉ FERNANDES
5 Março, quinta, 22.00, SP
www.andrefernandes.com
www.myspace.com/andrefernandes
€ 40 € 10
M12
André Fernandes nasceu em Lisboa. Completou os seus estudos na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e em 1996 recebeu uma bolsa da conceituada Berklee College of Music, em Boston, EUA, que frequentou até se mudar para Nova Iorque. Recebeu o Stephen Holland Award for Outstanding Musicianship. Entre as suas colaborações destacam-se Mário Laginha, Lee Konitz, Chris Cheek, Cyro Baptista, Perico Sambeat, Maria João, David Binney, Julian Arguelles, Eli Degibri, Bill McHenry, Pedro Moreira, Pete Rende, John Hollenbeck e Theo Bleckman, Alexi Tuomarila Quartet, Bernardo Moreira, Jorge Reis, Carlos Barreto, Akiko Pavolka, Jarmo Savolainen, Furio diCastri , Phil Markowitz e João Paulo Esteves da Silva, entre outros. Toca regularmente nos principais festivais e salas europeias como membro do Lee Konitz New Nonet, Maria João e outros grupos. Em 2001 gravou o seu primeiro CD como líder intitulado “O Osso”, editado pela sua própria editora Tone of a Pitch, ao qual se seguiram até hoje mais quatro trabalhos: “Howler”, “Timbuktu”, “Cubo” e “Amplitude” com o grupo Spill. Todos muito bem recebidos pela crítica e público. O seu último foi eleito disco do ano pela votação dos críticos no espaço Jazzlogical.net e Fernandes eleito músico do ano de 2007 pelo jornal “Público”. Colabora regularmente com a Orquestra Jazz de Matosinhos com quem grava o projecto “Portology” com Lee Konitz, dirigidos por Ohad Talmor, e é convidado para integrar o Lee Konitz New Nonet na Europa em 2006 e 2007. Com Konitz e a Orquestra Jazz de Matosinhos actua no Carnegie Hall em Nova Iorque em celebração do seu octogésimo aniversário e com o seu noneto actua por toda a Europa. O seu quarteto actual inclui o pianista Mário Laginha, o contrabaixista Nelson Cascais e o baterista Alexandre Frazão.

Companhia de Teatro de Braga
PRECONCEITO VENCIDO
3 e 4 Março, terça e quarta, 21.30, SN
10 a 12 Março, terça a quinta, 21.30, SN
www.ctb.pt
€ 10 € 5
M12
Este espectáculo é, antes de mais, um exercício de actores sobre o Romantismo. Testemunha privilegiada do Século das Luzes, Marivaux foi, no teatro, percursor da Revolução Francesa. Defendeu a emancipação da mulher, o direito de voto, o sufrágio universal, visualizou a união livre, a igualdade sexual… mas ao contrário do seu contemporâneo Rosseau, cinquenta anos antes, acreditava que o homem nasce mau mas que a sociedade o torna pior. É um pouco isso que se pode tirar de “Preconceito Vencido”.
Autor: Pierre Marivaux Encenação: Rui Madeira Tradução: Mário Barradas Figurinos: Sílvia Alves Desenho de luz: Fred Rompante Actores: Thamara Thaís, Allex Miranda, Mabelle Magalhães, André Silva e Jaime Soares

Fado Tradicional
BÁRBARA PASSOS
1 Março, domingo, 16.00, SP
€ 5
M3
Nasceu em Braga em 1982. Desde cedo revela apetência pela música, mais concretamente na área vocal. Estuda canto e piano com os professores Manuel Afonso e Isabel Baptista. Frequenta cursos de aperfeiçoamento com o barítono José Oliveira Lopes. Participou na rubrica “Vou Ser Uma Estrela”, realizada na estação televisiva SIC, vencendo a 7ª eliminatória. Como convidada da mesma estação, participou no programa “Às Duas Por Três”. Actuou como solista em vários concertos de Páscoa promovidos pela Didáxis – Cooperativa de Ensino, de Riba D'Ave. Em Dezembro de 2001, foi vencedora da “Grande Noite de Fado” de Barcelos. Em Outubro de 2003, foi vencedora da “IV Grande Noite de Fado” de Braga. Entre Março de 2004 e Janeiro de 2005, integrou a banda residente do Casino da Póvoa “Atrium Quartet”. Participa, com regularidade, em vários eventos promovidos pela CALIDUM – Associação de Escritores Minhoto-Galaicos. Actualmente integra um projecto de fado tradicional e é cantora do grupo Som Ibérico, tendo realizado vários concertos em Portugal e Espanha.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009